Na análise da construção da estrada Cantagalo-Macaé surgem detalhes interessantes, como a equação financeira acertada com o contratante de um dos trechos, João Batista Midosi. O pagamento seria feito em quatro parcelas, mas, se não houvesse recursos nos cofres provinciais, ele receberia em letras "que venciam juros". É a primeira vez que Paulino menciona o expediente, apesar da grande maioria das obras ser conduzida por meio de arrematações.
Outra menção relevante é feita ao plano de limpeza do rio que serve ao Porto das Caixas. As árvores atrapalham a navegação em vários pontos e o número de troncos no rio é um risco para os barcos. De forma geral, os traços geográficos familiares do interior fluminense são visíveis no relatório de Paulino: a necessidade constante de prover aterros e contenção de encostas, a construção de estradas com valas capazes de desviar o fluxo das chuvas intensas e o problema dos pântanos e áreas alagadiças. Nos tempos de Paulino, contudo, a cobertura vegetal vivia ainda dias de glória e as cercanias de Cantagalo eram chamadas de sertões bravios.
Abraço ao rio Macacu, novembro de 2009, promoção da prefeitura da Cachoeiras de Macacu.