O empenho administrativo com a construção de canais, registrado pelos relatórios do presidente da Província, refletem um amplo movimento econômico regional, voltado para o desbravamento dos sertões do norte fluminense, para o aproveitamento de recursos naturais como madeira e, por consequência, o melhor uso das extensas e variadas vias aquáticas da região.
Na primeira metade do século XIX, os principais projetos foram o Canal Campos-Macaé, iniciado em 1837 e concluído em 1861, com mais de 100 quilômetros de extensão; o Canal de Cacimbas (1839), o Canal do Nogueira (iniciado em 1833) e o canal do Onça (1840). Seu impacto econômico foi grande, permitindo a exploração das vastas planícies do norte da província, e seu impacto ecológico ainda maior, facultando a drenagem de dezenas de lagoas e alagadiços.
A extensa rede de canais, vários deles com eclusas e bem construídos, foi tornada obsoleta pelo desenvolvimento das estradas de ferro. No século XX, terminaram incorporados à estrutura de drenagem e saneamento da região. Busca-se hoje o tombamento dos trechos remanescentes como bens culturais.
Arthur Soffiati. "Os Canais de Navegação do século XIX no Norte Fluminense". Boletim do Observatório Ambiental Alberto Lamego, n. 2. Campos, CEFET, jul/dez 2007.
Outras informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Canal_Campos-Maca%C3%A9
La care cum s'aude destul ai conlucrat
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