sábado, 30 de abril de 2011

A muralha do Paraíba

Outra obra que merece um detalhamento técnico preciso é a construção da muralha do Paraíba, necessária para evitar os danos provocados pelas cheias do rio. Na memória de todos ainda estava a grande enchente de 1833. A muralha deveria ter 1.275 palmos de comprimento e abrir-se em dois portos de 40 palmos. Paulino recomenda uma inspeção constante para garantir a qualidade dos materiais e informa que será realizada com cimento hydraulico. A despesa montaria a 45 contos de réis.

Volta a lembrar a Assembléia da conveniência da escavação de um novo canal, ligando Campos ao Porto das Caixas, na baía da Guanabara, passando por Macaé e São João. Os planos foram conduzidos pelo major Henrique Luiz de Niemeyer Bellegarde, mas seu falecimento imprevisto interrompeu os trabalhos. Nenhum documento foi encontrado em seus papéis.

Nesse infausto momento, por sinal, chegava a máquina de rossegar encomendada em Hamburgo por Bellegarde para a dragagem dos baixios da Lagoa de Araruama e que requeria a construção de uma barca para sua operação. Todo o trabalho foi interrompido, mas Paulino já aventa a hipótese de usar a máquina também em áreas de Niterói. O substituto de Bellegarde preferia usar uma draga do Arsenal de Marinha, mas Paulino ainda decidiria sobre a matéria.

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