quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Sobre o culto público

Paulino traz à consideração da Assembéia Provincial o andamento das principais obras em curso, em Piraí, Valença, Vassouras, etc. O panorama administrativo é o mesmo do relatório anterior: dotações modestas, insuficientes para um andamento mais rápido das obras e ampla participação de subscritores privados. O visconde de Baependi, por exemplo, paga do seu bolso uma capela na matriz de Valença. É claramente insuficiente, como reconhece Paulino. Mesmo a matriz de Campos, a Igreja de São Salvador, segue em estado deplorável.



foto: Igreja de São Salvador, Campos, Rio de Janeiro.

Na verdade, a Província herdou um conjunto amplo de prédios religiosos, de manutenção custosa e cuja localização nem sempre reflete sua realidade demográfica. Em muitas cidades e frequesias, o culto é realizado de forma improvisada, seja no prédio da Câmara, seja em habitações particulares. Há cidades importantes sem sequer uma previsão de obra, enquanto vários legados privados para a manuteção e construção de igrejas não são sequer executados pelo poder público. Por ironia, o patrimônio arquitetônico de maior relevância, a matriz "toscana" de São Fidélis, não pode ser ajudado com verbas oficiais, pois era uma capela curada. A sugestão de Paulino é racionalizar o apoio ao culto oficial:

Nenhum comentário:

Postar um comentário