quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Segunda seção: a estrada do Porto da Estrella

O balanço da situação da principal obra da segunda seção - a estrada do Porto da Estrella - é amplamente negativo, do ponto de vista da administração provincial. O traçado é penoso, a manutenção é difícil e a estrada serve principalmente aos interesses da cidade do Rio de Janeiro e da Província de Minas Gerais. Na opinião de Paulino, os cofres gerais deveriam financiar a construção da nova estrada e as verbas destinadas pela Província do Rio de Janeiro à sua manutenção eram mais do que o necessário. O governo geral, aliás, tinha reconhecido essa realidade e encomendou ao chefe da Segunda Seção, o engenheiro militar Júlio Frederico Koeler uma nova planta para uma estrada ligando o Paraibuna, a cidade de Paraíba do Sul e o Porto da Estrella (hoje, Inhomirim, em Magé).




(Imagem: restos do porto da Estrella, rio Inhomirim, Magé, Rio de Janeiro. Fonte: http://www.ipahb.com.br/fotos_mage/mage_historica.htm#Alvo6)

A ponte sobre o rio Paraíba em Paraíba do Sul também merece um relatório de atividades mais extenso, sobre cada um dos três pilares de alvenaria, que informa, inclusive, sobre o uso de argamassa hidráulica importada da Alemanha. Enquanto a ponto não fica pronta, o serviço da barca foi devidamente restaurado, assim como o farol instalado no Porto da Estrella.




(Imagem: ponte sobre o rio Paraíba em Paraíba do Sul, Rio de Janeiro).

Paulino registra também os modestíssimos esforços do colonização, organizados para a construção da ponte sobre o Paraíba (açorianos, cerca de 150 pessoas) e da estrada da serra da Estrella (alemães, cerca de 147 pessoas). Nenhuma terra é doada aos colonos e Paulino ainda pede ajuda para que possam honrar os pagamentos das despesas de viagem com os seus salários.

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