terça-feira, 30 de agosto de 2011

Maioridade: no ministério da Justiça

Ao tempo não representava um segredo as relações próximas que uniam Paulino a Vasconcellos. A Lei de Interpretação do Ato Adicional, por exemplo, como fórmula legal, foi uma obra composta a quatro mãos. Assim, por mais reservada que tenha sido sua presença na Câmara durante os dois meses como ministro da Justiça, Paulino não escapou das tensões criadas pelo debate parlamentar da Maioridade.

Na fase final do confronto, lideranças liberais acusam o ministro da Justiça de ausentar-se da Câmara, apesar de deputado, alegando doença, para melhor preparar uma manobra política contra a Maioridade. Leia-se: criar as condições legislativas e políticas para um contragolpe articulado por Vasconcellos.

Em plenário, como sempre, Honório Hermeto defende o amigo, mas o desenlace final, com o retorno de Vasconcellos para o ministério das "oito horas" mostra que os liberais sabiam do que estavam falando e que Paulino certamente participara das articulações.

O certo, contudo, é que, seja por sua juventude, seja por vontade própria, a voz de Paulino não é ouvida no curso dos confrontos parlamentares da Maioridade. Mesmo sendo presidente da Província do Rio de Janeiro, ministro da Justiça e deputado na Assembléia Geral.

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