Um ofício lido na Câmara dos Deputados no dia 25 de maio de 1840 informa os parlamentares da nomeação de Paulino José para a pasta da Justiça. Disse mais tarde que aceitou por "injunção de amigos", que só poderiam ser Rodrigues Torres, Honório Hermeto e, naturalmente, Bernardo Pereira de Vasconcellos.
Teve atuação discreta em uma conjuntura completamente dominada pela questão da maioridade de Pedro II e pelo vontade quase geral de impor uma derrota definitiva a Vasconcellos, "gênio do mal", como lhe chama um deputado. Estuda o Código de Processo, envia instruções para o novo comandante militar no Rio Grande do Sul e começa o planejamento de um jornal que apóie realmente o gabinete, agora ou depois. Na condição de ministro, envia cinco ofícios à Câmara, dois deles esclarecendo a situação de presos em rebeliões locais no Pará e na Bahia. Nesse último caso, por sinal, inclusive de degredados para a ilha de Fernando de Noronha.
Pelas discussões parlamentares, vê-se com clareza que o Regente, o gabinete conservador e sua eminência parda estavam se excedendo na repressão de certas situações estaduais. No Brasil, essa prática assusta os que são vítimas e também os que podem ser. Na turbulência da Câmara, Vasconcellos é o alvo de todos, Rodrigues Torres defende, Honório Hermeto está na linha de frente, mas Paulino mantém sua reserva. Cerebral como sempre.
La care cum s'aude destul ai conlucrat
Há 12 anos
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