segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Notas breves: polêmicas portuguesas

A agitação política do período regencial tinha também implicações diplomáticas, criadas pela vasta presença de súditos portugueses no Brasil e pelas conexões com as turbulências correntes em Portugal. O conflito entre regressistas e liberais no Brasil possuía correspondências com a luta dos miguelistas em Portugal e a imprensa de ambos os países via conspírações em todos os lugares.

José Marcellino da Rocha Cabral, cônsul-geral de Portugal no Rio de Janeiro, sentiu mesmo a necessidade de publicar uma resposta aos que o acusavam de envolvimento com a ação do governo brasileiro no Rio Grande do Sul e de apoiar causas absolutistas no Brasil e em Portugal. Trata-se da Coleção de alguns artigos escrito e publicados no Brasil, seguida de alguns documentos e precedida e seguida de observações em refutação às calúnias e convícios contra ele publicados. Rio de Janeiro, Tipografia de O Despertador, 1839. Ela tinnha sede na rua da Quitanda, número 55. Em 2009, parece, ali funciona a Preferencial Estacionamento.

Para responder às calúnias, Rocha Cabral demanda cartas de recomendação de várias autoridades e personalidades brasileiras, inclusive de Feijó. Paulino José lhe devolve um carta muito positiva, mas protocolar, registrando suas boas intenções e declarando-se afetuoso amigo e atento venerador. Está datada de 14 de setembro de 1839, escrita em sua casa.

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