segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Culto público, 1839

Na opinião de seu presidente, a situação do culto público na Província do Rio de Janeiro era considerada deplorável. Sem recursos, porém, para atender a todas as demandas, adotou-se um mecanismo surpreendente: as dotações públicas seriam destinados às comunidades que também mobilizassem recursos. Um exemplo notável de matching grants. Em Sant’Ana do Piraí, esses valores chegavam a 10 contos de réis, devidamente completados com recursos do orçamento. Era o mesmo caso da Matriz de Valença,da Matriz de Vassouras e da Igreja de Santa Anna da Ilha Grande de Fora. A igreja de Itaguaí, por sua vez, teria de ser praticamente construída do zero - seria necessário aprovar recursos novos do orçamento.

Santa Ana de Itacuruçá, sob a direção do padre José Joaquim José da Silva Feijó, havia já consumido 30 contos de réis dos paroquianos e passou a merecer uma dotação oficial. Iniciativa semelhante seria adotada em Iguaçu para a substituição do indecente pardieiro onde se realizavam as funções paroquiais. Os particulares haviam reunido 5 contos de réis e Paulino pretendia consignar uma dotação orçamentária. Também a Matriz de Marapicu e a Igreja de Nossa Senhora de Inhomirim seriam objeto de subscrições.

Em Paraíba do Sul, a subscrição estava a cargo de João Gomes Ribeiro de Avellar; em Pati do Alferes, o capitão-mor Manoel Francisco Xavier assumiu a responsabilidade pela construção da igreja. Da Matriz de São Gonçalo, havia apenas a planta.



Imagem: Igreja de Santa Ana da Ilha Grande, Rio de Janeiro.

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