domingo, 27 de dezembro de 2009

Educação na Província do Rio de Janeiro

Os números do relatório de 1839 não são, obviamente, muito diferentes daqueles informados nos anos anteriores. A estrutura de ensino na Província estava em construção: 25 escolas públicas, cerca de 50 escolas particulares, uma escola normal, algumas aulas maiores nas maiores cidades (latim e geometria). No total, cerca de um milhar de alunos e pouco mais de uma dezena de professores em formação. Para completar, continuava a confusão na administração do seminário de Jacuecanga, em Angra dos Reis. O reitor se demitira, mas seu substituto, vindo de Minas Gerais, foi feito vice-reitor do Colégio Pedro II, na Corte. O padre João Higino Bittencourt se dispusera a ocupar o cargo, mas apenas interinamente.

Com a estrutura administrativa da Província em construção, não admira o estado incipiente do ensino público, mas Paulino José registra dois sérios problemas. Para começar, a absoluta falta de pessoal, mesmo religioso, para as funções docentes e administrativas. O presidente da Província chega mesmo a sugerir a contratação de estrangeiros, desde que falem nossa língua. Depois, a carência de meios financeiros. O salário de 300 mil réis anuais era ínfimo e as câmaras municipais se recusavam a cumprir suas obrigações legais, como oferecer moradia aos professores.

Não havia mais a fazer do que registrar pacientemente ganhos mais do que graduais.

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