quarta-feira, 3 de junho de 2009

Emprego e casamento


O regente Costa Carvalho (1796-1860), com a anuência de seu ministro da Justiça, Padre Diego Antônio Feijó, proporcionou o primeiro emprego a Paulino: juiz em São Paulo, para onde retornou em fevereiro de 1832. Em pouco tempo, foi nomeado Ouvidor da Comarca e firmou reputação de juiz eficiente, que não deixava processos parados. Por essa época, acompanhava os eventos políticos de longe, pela correspondência com Costa Carvalho e Antônio Carlos. As coisas começam a mudar, para mal e para bem, com o ministério de 13 de setembro.

Para mal por conta das leis de 29 de novembro (Código de Processo) e de 12 de outubro que marcam o início da turbulência política e administrativa da Regência. Para o bem porque Honório Hermeto Carneiro Leão, seu amigo de Coimbra, assume a posição de ministro da Justiça. Em pouco tempo, Paulino é transferido para a Corte, onde chega em 13 de novembro. Nem um ano ficara em São Paulo.

Honório logo o encarrega do expediente da Intendência Geral de Polícia, designa-o Juiz Conservador da Nação Inglesa e Juiz do Cível na 2 Vara da Corte. Em 5 de outubro de 1833, o novo ministro da Justiça, então Aureliano de Sousa Coutinho, designa Paulino para integrar uma comissão que examinará a revisão de toda a legislação do país, principalmente aquela recentemente editada. É a primeira ocasião em que o bacharel e juiz Paulino José examinará, de forma oficial, as instituições políticas do Brasil, em plena confusão regencial.

O passo decisivo, contudo, para a carreira política foi talvez seu casamento, em 20 de abril de 1833, com D. Ana Maria de Macedo Álvares de Azevedo. Ela com treze anos de idade; ele, com vinte e cinco. É assim descrita sua equação matrimonial:

"Foi em grande parte devido ao seu casamento que Paulino, em breve, se tornará um dos chefes conservadores de maior prestígio na Província do Rio de Janeiro. Sua mulher era cunhada de Rodrigues Torres e tinha parentesco e relações de família com os principais fazendeiros da baixada, que representavam então uma das mais consideráveis forças políticas da província" (Vida, pág 45).

O primeiro filho, também Paulino José, nasceu em 21 de abril de 1834. Foram sete nascimentos, o último em 1858.

(Imagem: José de Costa Carvalho, Marquês de Monte Alegre)

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