terça-feira, 23 de junho de 2009

Limites, índios, culto

De fato, a gestão Paulino José está na origem dos levantamentos geográficos que produziriam as Cartas Chorográficas do Rio de Janeiro, publicadas em meados do século XIX. Com o propósito imediato de fixar os limites com a Província de São Paulo, o governo fluminense adota uma Lei específica, publicada em 23 de dezembro de 1836, determinando o levantamento 'à agulha' dos limites dos municípios. Uma tarefa a cargo do engenheiro militar Conrado Jacob de Niemeyer.

Em seguida, Paulino volta a pedir da Assembléia Provincial remédios legislativos para a situação dos índios (das pessoas e dos bens desses miseráveis). Informa, então, os deputados provinciais de um notável Aviso do governo geral (29 de maio de 1837) recomendando o engajamento de índios na Armada Imperial. Paulino não acredita na viabilidade dessa providência (meios brandos são pouco profícuos com gente tão inerte), preferindo apostar no sucesso do envio de meninos índios para se tornar aprendizes no Arsenal de Marinha.

Quanto ao culto público, a situação seguia tão calamitosa quanto no caso das cadeias públicas, ainda que a colaboração de cidadãos ricos tenha permitido a evolução favorável de ao menos duas obras: a Igreja de Nossa Senhora da Glória de Valença e a Matriz de Sant'Ana do Piraí, essa última atingida por um incêndio. O site da Matriz de Valença (http://www.catedraldevalenca.org.br/index.html) devidamente reconhece a importância dos créditos votados em 1837 e as seguintes loterias autorizadas para a conclusão da obra.

Abaixo, uma foto da Igreja de Nossa Senhora de Valença:



Aqui, a Matriz de Sant'Ana do Piraí:



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