quarta-feira, 13 de maio de 2009

Em Coimbra


A Vida do Visconde do Uruguai registra os círculos de amizade formados ainda nos estudos jurídicos em Portugal. Em Coimbra tiveram início, por exemplo, as relações com Honório Hermeto Carneiro Leão. Outra amizade importante é com o português Lôbo de Moura, futuro diplomata de longa carreira, feito Visconde pelo rei em 1859. (op. cit., pág 21). Ainda em Portugal, frequentava o salão político-literário, em Lisboa, mantido por Luís Martins Bastos, curiosamente um ex-deputado às Cortes de Lisboa, eleito pelo Rio de Janeiro. As cartas pessoais a seu pai e sua mãe nesse período revelam a rotina pesada dos anos de estudos e da república em que vivia, na rua do Borralho, hoje rua S. Salvador, n. 108. Parte não desprezível dessas cartas era dedicada a pedidos de dinheiro, gasto principalmente em longas listas de livros, que reportava a seu pai. José Antônio protestava, vez por outra, mas sempre reconhecia os méritos de Paulino José, em termos de grande carinho pessoal. Depois da revolução no Porto, em favor de D. Maria, Paulino José, com outros brasileiros, foi "preso para averiguações". Libertado em 18 de julho de 1828, seguiu para Lisboa, de onde viajou de volta ao Brasil em 18 de dezembro.
Foto: repúblicas de estudantes em Coimbra, próximas à rua do Borralho.

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